AUMENTO DE PESO,
OBESIDADE, OBESIDADE VISCERAL PRINCIPALMENTE, PODE AFETAR O TÓRAX E O
DIAFRAGMA, DETERMINANDO ALTERAÇÕES NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA MESMO QUANDO OS
PULMÕES ESTÃO NORMAIS,
DEVIDO AO AUMENTO DO ESFORÇO RESPIRATÓRIO E
COMPROMETIMENTO DO SISTEMA DE TRANSPORTE DOS GASES. MAS TAMBÉM O FATO OCORRE E
MAIS FREQUENTE, POR OCASIÃO DE ACUMULO DE GORDURA VISCERAL OU INTRA-ABDOMINAL
A obesidade pode afetar o
tórax e o diafragma, determinando alterações na função respiratória mesmo
quando os pulmões estão normais, devido ao aumento do esforço respiratório e
comprometimento do sistema de transporte dos gases. A obesidade, assim como a
obesidade intra-abdominal ou intra visceral, pode determinar também a
hipertonia dos músculos do abdome e assim comprometer a função respiratória
dependente da ação diafragmática, musculo importante para a função respiratória
e um dos divisores da áreas cardio respiratória e abdominal. Estudos realizados
em indivíduos obesos sem outras enfermidades sugeriram que a complacência
pulmonar e da parede do tórax estavam diminuídas devido à deposição de tecido
adiposo no tórax e abdome, o que determina consequente aumento da retração
elástica e redução da distensibilidade das estruturas extrapulmonares. A
obesidade pode ser classificada utilizando-se o índice de massa corporal (IMC),
obtido pela equação peso/estatura².
Foram considerados os intervalos de 30
a 34,9, 35 a 39,9 e > 40kg/m2 como obesidade grau I, II e III,
respectivamente. Está bem estabelecido que a obesidade grau III pode alterar os
valores espirométricos (aparelho com o objetivo de avaliação da função
respiratória), devido ao comprometimento da dinâmica diafragmática e também da
musculatura da parede torácica. Entretanto, em indivíduos com obesidade graus I
e II essas alterações são muito variáveis, e necessitam de avaliação
específica. O objetivo desta avaliação foi o de determinar os efeitos da
obesidade grau I e II na função pulmonar. As faixas etárias e estaturas dos
indivíduos avaliados não apresentaram diferenças significativas nos diferentes
grupos avaliados, o que caracteriza as amostras como homogêneas. Os pesos, IMC,
e circunferências abdominais apresentaram diferenças significativas quando
comparados os grupos de obesos e de não obeso. A obesidade e a gravidez são
causas comuns de CVF ( capacidade respiratória vital forçada) reduzida, porque
podem interferir na movimentação do diafragma e na excursão da parede torácica
.
Homens obesos saudáveis e, embora
neste grupo a faixa etária tenha sido maior e o IMC (índice de massa corporal)
discretamente menor, os valores espirométricos encontrados foram semelhantes
aos do presente estudo. Embora as anormalidades na função pulmonar, associadas
à obesidade, tenham sido descritas há mais de 40 anos, a magnitude dessas
alterações apresenta grande variação e pode não haver necessariamente
associação com o peso corpóreo e o índice de massa corporal. As alterações na
função respiratória mais frequentemente encontradas na obesidade são de dois
tipos: alterações proporcionais à obesidade (redução do VRE(volume de reserva
expiratória) e aumento da capacidade de difusão) e alterações exclusivas da
obesidade grau III (redução da capacidade vital e da capacidade pulmonar
total). A redução do VRE e da capacidade residual funcional na obesidade são
devidas a alterações na mecânica da parede do tórax, diminuição da complacência
respiratória total, diminuição da frequência de fluxo e do volume pulmonar, e
redução do volume residual e de sua relação com a capacidade pulmonar total. No
entanto, essa redução não é uniforme entre indivíduos com IMC (índice de massa
corporal) semelhantes, isto porque cada ser humano é único, suas condições
genéticas, meio ambientes e hábitos também o são.
AUTORES PROSPECTIVOS
Dr. João Santos Caio Jr
Endocrinologista - Neuroendocrinologista
CRM: 20611
Dra Henriqueta V.Caio
Endocrinologia - Medicina Interna
CRM 28930
Como Saber Mais:
1.Quando se fizer uma triagem de homens com Síndrome Metabólica (sobrepeso, obesidade, obesidade abdominal, obesidade central, obesidade visceral – excesso de gordura intra-abdominal) deve-se levar em consideração se apresenta problemas respiratórios...
http://gorduravisceral.blogspot.com/
2.
A obesidade relevante, hipertensão arterial, pode ter como causas mulheres com gravidez
em curso....
3.
É a quantidade de gordura intra abdominal armazenada, que é mais perigosa...
AUTORIZADO
O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS
AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.
Referências Bibliográficas:
Dr. João
Santos Caio Jr, Dra.Henriqueta Verlangieri Caio –Van Der Häägen Brazil – São
Paulo – Brasil. 2011, Naimark A, Cherniak RM. Compliance
of the respiratory system and its components health and obesity. J Appl
Physiol. 1960;15:377-82, Caro CG, Butler J, Dubois AB. Some effects of
restriction of chest cage expansion on pulmonary function in man. An
experimental study. J Clin Invest. 1960;39:573-83, Lourenço RV. Diaphragm
activity in obesity. J Clin Invest. 1969;48:1609-14, Kollias J, Boileau RA,
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Bull Eur Physiopathol Respir. 1982;18:419-25.David Douglas, 3 DECEMBER 2009 – REUTERS HEALTH -NEW YORK JOURNAL OF
CLINICAL ENDOCRINOLOGY & METABOLISM – NOVEMBER 2009, Senior Investigator
Dr. Andrea Dunaif of Northwestern University, Chicago and Colleagues.
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